Segundo funcionários do Centro Espírita Lar
de Frei Luiz, na Taquara, Zona Oeste do Rio, o médium Gilberto Arruda, morto
nesta sexta-feira (19), foi encontrado amordaçado, com as mãos amarradas e com
o rosto ferido por muitos golpes. Ainda de acordo com as testemunhas, que não
quiseram se identificar, a vítima dormia em um quarto separado da esposa,
Marli.
A Divisão de Homicídios interroga dois funcionários que trabalhavam na
casa dele. Gilberto morava no centro, que também é um educandário social.
"Ele foi encontrado deitado no chão pela esposa", afirmou
Wilson Vasconcellos, presidente do instituto. Ele esclareceu que Gilberto não
trabalhou nesta quinta-feira (18). Ainda segundo os dirigentes da instituição,
não há câmeras próximo à casa onde Gilberto morava, mas há vigilantes 24 horas
em todo o terreno do centro. O corpo do médium foi retirado do centro por volta
das 13h30, após a perícia
Nelson Duarte, vice-presidente e diretor
espiritual do Centro Espírita Lar de Frei Luiz, lembrou que Gilberto começou os
trabalhos como médium aos seis anos de idade, e descartou que ele tivesse
inimigos. "Isso não existe", garantiu.
Atriz lamenta morte
A atriz Alcione Mazzeo, que foi voluntária no Centro Espírita Lar de Frei
Luiz por 17 anos, afirma que viu Gilberto pela última vez há 15 dias, para
tratar um problema no ombro. Segundo ela, o médium era uma pessoa que
trabalhava pelo benefício da humanidade. “Ele era inquieto, ativo e era uma
pessoa ligada ao bem. Ele atendida todo mundo e vivia apenas para atender as
pessoas. Ele trabalhava em prol dos necessitados. Tanto que morava perto da
sala onde trabalhava”.
Ela conta que Gilberto transmitia a tranquilidade com a qual as pessoas
que eram atendidas por ele precisavam. “Quando ele entrava na sala para
atender, era de uma paz impressionante. Eu estou muito chocada. Os dirigentes
da casa sempre pediram para orar por ele, que era o médium principal da casa”.
Visivelmente emocionada, a atriz lamenta o falecimento violento de
Gilberto Arruda. “Ele merecia uma passagem mais tranquila, de mais luz”.
Fonte: O Globo
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