sábado, 19 de abril de 2014

O Senhor Ogum – Salve dia 23 de Abril - O Senhor Ogum, o Guerreiro de Umbanda

O Senhor Ogum – Salve dia 23 de Abril


Ogum é o arquétipo do guerreiro.
Bastante cultuado no Brasil, especialmente por ser associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exu, está mais próxima dos seres humanos.
Foi uma das primeiras figuras do candomblé incorporada por outros cultos, notadamente pela Umbanda, onde é muito popular.
Tem sincretismo com São Jorge ou com Santo Antônio, tradicionais guerreiros dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa.
             A relação de Ogum com os militares tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, sempre associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo yoruba.
Dizem as lendas que se alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas palavras (que são do conhecimento apenas dos iniciados), Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou.
Porém, elas (as palavras) não podem ser usadas em outras circunstâncias, pois, tendo excitado a fúria por sangue do Orixá, detonaram um processo violento e incontrolável; se não encontrar inimigos diante de si após te sido evocado, Ogum se lançará imediatamente contra quem o chamou.
Ogum não era, segundo as lendas, figura que se preocupasse com a administração do reino de seu Pai, *Odudua; ele não gostava de ficar quieto no palácio, dava voltas sem conseguir ficar parado, arrumava romances com todas as moças da região e brigas com seus namorados.
 Não se interessava pelo exercício do poder já conquistado, por que fosse a independência a ele garantida nessa função pelo próprio pai, mas sim pela luta.
Ogum, portanto, é aquele que gosta de iniciar as conquistas, mas não sente prazer em descansar sobre os resultados delas, ao mesmo tempo é figura imparcial, com a capacidade de calmamente exercer (executar) a justiça ditada por Xangô.
É muito mais paixão do que razão: aos amigos, tudo, inclusive o doloroso perdão: aos inimigos, a cólera mais implacável, a sanha destruidora mais forte.
Assim, Ogum não é apenas o que abre as picadas na matas e derrota os exércitos inimigos; é também aquele que abre os caminhos para a implantação de uma estrada de ferro, instala uma fábrica numa área não industrializada, promove o desenvolvimento de um novo meio de transporte, luta não só contra o homem, mas também contra o desconhecido.
É, pois, o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza, da produção e da expansão, da busca de novas fronteiras, de esmagamento de qualquer força que se oponha à sua própria expansão.
Tem, junto com Exu, posição de destaque logo no início de um ritual.
Tal como Exu, Ogum também gosta de vir à frente.
A força de Ogum está tanto na coragem de se lançar à luta como na objetividade que o domina nesses momentos (e o abandona nos momentos de prazer e gozo).
É fácil nesse sentido, entender a popularidade de Ogum: em primeiro lugar, o negro reprimido, longe de sua terra, de seu papel social tradicional, não tinha mais ninguém para apelar, senão para os dois deuses que efetivamente o defendiam:
Exu (a magia) e Ogum (a guerra).
Em segundo lugar, além da ajuda que pode prestar em qualquer luta.
Ogum é o representante no panteão africano não só do conquistador, mas também do trabalhador manual, do operário que transforma a matéria-prima em produto acabado.
             Ele é a própria apologia do ofício, do conhecimento de qualquer tecnologia com algum objetivo produtivo, do trabalhador, em geral, na sua luta contra as matérias inertes a serem modificadas.
Ogum gosta do preto no branco, dos assuntos definidos em rápidas palavras, de falar diretamente a verdade sem ter de preocupar-se em adaptar seu discurso para cada pessoa.
Ogum gosta de dormir no chão, precisa que o corpo entre em contato sempre direto com a natureza e dispensa roupas elaboradas e caras, que possam ser complicadas de vestir ou que exijam muito espaço na mochila.
Não tem compromisso com ninguém, nem com seus próprios objetos.
 A violência e a energia, porém não explicam Ogum totalmente.
Ele não é o tipo austero, embora sério e dramático, nunca contidamente grave. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo; quando apaixonado, sua sensualidade não se contenta em esperar nem aceita a rejeição.
Ogum sempre ataca pela frente, de peito aberto, como o clássico guerreiro.
Existem vários Falangeiros de Ogum, mas Ogum Xoroquê merece um destaque específico, pois é um Orixá masculino duplo, ou seja, possui duas formas diferentes de manifestação.
É associado à irmandade e afinidade estreita de Ogum com Exu, pois passa seis meses do ano como Ogum e os outros como Exu, sendo considerado guerreiro feroz, irascível e imbatível.


O Sincretismo do Orixá Ogum e a Santificação de São Jorge


Desde o momento em que os antigos indígenas tomaram contato com as tradições religiosas dos colonizadores portugueses através da catequese, passou a ocorrer o fenômeno do sincretismo.
Os africanos, aqui trazidos como escravos, não podiam realizar seus rituais, proibidos pelos senhores por serem considerados demoníacos.
Para poderem continuar professando sua fé, não puderam fazer outra coisa senão relacionar seus Orixás aos santos católicos dos senhores brancos.
A Umbanda conseguiu juntar as práticas populares com o cristianismo e as influencias negras, mantendo o sincretismo religioso.
A diferença entre Santo e Orixás e que orixás são energias de grande vibração, divindades responsáveis pela Natureza como um todo, que cuidam dos seres que nela habitam, crescem e evoluem constantemente.
Um Orixá em si é uma qualidade divina, manifestando sua natureza e seus sentidos; são geradores naturais e regentes das “naturezas”.
Os Santos foram pessoas físicas, como nós, que um dia viveram na Terra e estiveram sob a tutela dos Orixás.
Dizer que é Ogum é São Jorge seria limitar sua força de Orixá, comparando-a de um Santo.
Por isso apenas Simbolizamos nosso Orixá Ogum com o Santo guerreiro São Jorge, que para nós Umbandistas é apenas um soldado de Ogum. 

São Jorge


No dia em que o conselho do Senado Romano havia de ser confirmado contra os cristãos, Jorge, sem temor humano, armado só de temor a Deus, com alegre rosto se pôs em pé no meio de toda a Assembléia e falou desta maneira:
“Oh! Imperador e nobres senadores acostumados a fazer boas leis, que desatino e tão grande, que não cessais de acrescentar vossa ira contra os cristãos, que tem a certa e verdadeira Lei, para que deixem e sigam a seita que vós mesmos não sabeis se é verdadeira, porque os ídolos que adorais, afirmo que não são deuses, havendo sido homens perdidos”.
Ouvindo isso, todos ficaram atônicos e espantados do valor e atrevimento com que falou, e esperavam que o Imperador respondesse; mas ele, ficando perturbado e refreando sua ira, fez sinal ao cônsul Magnêncio que respondesse a Jorge.
O cônsul disse: Dize-me, jovem, quem te deu tamanha ousadia para falar nesta Assembléia?

Respondeu Jorge: A verdade.

Disse o cônsul: Que coisa é a verdade?

Respondeu-lhe: “A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis”. 

Disse o cônsul: “Dessa maneira, és tu cristão?”.
Respondeu-lhe: Sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade.

Então, Diocleciano pondo os olhos em Jorge, o conheceu e lhe disse: “Sabendo eu há dias de tua nobreza, te levantei ao mais alto grau de dignidade de minha corte, e agora ainda que falaste tão alto, como sou muito afeiçoado a tua prudência e fortaleza, te aconselho como Pai amoroso, que não deixes o proveito e honra da tropa, nem queiras perder a flor da tua idade com torturas”.
Sacrifica aos deuses e receberá de mim maiores prêmios e recompensas.

Jorge lhe respondeu: Oh! Imperador se oferecesse o sacrifício de louvor ao verdadeiro Deus, eu ficarei por fiador de que Ele, senhor de outro mais excelente império do que tens, é o reino que dura para sempre; este que agora possuís, cedo se há de acabar.
E nenhum gênero de tormento que inventares poderá tirar de mim o amor de meu Redentor nem causar temo algum da morte temporal.
Ouvindo isto, o imperador, cheio de ira, mandou aos soldados que o pusessem fora da Assembléia com lançadas e o jogassem no cárcere.
Fizeram logo os soldados o que lhes fora mandado, mas a ponta da lança que tocou o corpo do soldado dobrou como se fora de chumbo, e Jorge não cessavam de dizer divinos louvores.
Sendo ele posto no cárcere, estenderam-no em terra e puseram-lhe grilhões nos pés, e sobre o peito uma grande pedra.
Tudo isso lhes mandou o tirano fazer; mas sofrendo o tormento com muita paciência, não cessou até o dia seguinte de dar graça a Deus.
Diocleciano mandou então colocar Jorge em uma fornalha de cal virgem durante três dias, e mandou vigiar que não viesse de nenhuma parte ajuda alguma.
Sendo levado a esse tormento, Jorge ia fazendo oração a Deus em alta voz, dizendo:

“Senhor meu, ponde os olhos de vossa misericórdia em mim, e livrai-me das ciladas do inimigo, e concedei-me que até o fim confesse o vosso santo nome”.

Dito isto, e fazendo o sinal da cruz em todo o corpo, com grande alegria entrou no forno de cal.
Ao terceiro dia, descobrindo a cal, os soldados acharam dentro Jorge com o rosto resplandecendo, o qual, levantadas às mãos para o céu, dava louvores a Deus.
Saindo do forno sem algum mal que lhe fizesse a cal, todos se espantaram de tão maravilhosa causa e Louvaram a Deus de Jorge.
Depois de muito tentar destruir Jorge sem nenhum êxito, Diocleciano mandou que fosse degolado.
No dia marcado, Jorge, com toda a sua calma e fé, encaminhou-se para seu sacrifício, sempre orando a Deus:

“Bendito sois, Senhor Deus meu, porque não permitisse que eu fosse despedaçado pelos dentes daqueles que me queriam e buscavam, nem consentiste que meus inimigos ficassem alegres com a vitória: porque livraste a minha alma, como pássaro do laço dos caçadores”.
“Pois agora, Senhor também me ouvi, sede comigo nesta ultima hora, e livrai a minha alma da maldade dos malignos espíritos”.
“Recebei, senhor, a minha com aqueles que desde o principio do mundo vos serviram, e esquecei-vos de todos os meus pecados, que eu voluntariamente, ou por ignorância cometi”.

Acabando de dizer isto, estendeu o pescoço e foi degolado, entregando sua alma nas mãos dos anjos em 23 de Abril, fazendo excelente confissão de fé pura e sã pelo ano de 303.

O culto a São Jorge espalhou-se imediatamente por todo o oriente, no século V, já havia cinco Igrejas em Constantinopla dedicadas a ele.
Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro Igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir.
Na Idade Média, as Cruzadas colocaram são Jorge à frente de suas milícias, como Patrono da cavalaria.
A Inglaterra foi o País Ocidental onde a devoção ao Santo teve maior papel.
Os Ingleses escolheram São Jorge como padroeiro do País, imitando os gregos, que também trazem a cruz de São Jorge em sua bandeira.
Extraída do IV volume do "Flos Sanctorum"



Características dos Filhos de Ogum

Não é difícil reconhecer um filho de Ogum.
Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos e com o sexo oposto.
Os homens e mulheres que têm Ogum como seu Orixá de cabeça, vão ter comportamentos diferentes, de acordo com os segundos e terceiros Orixás que os influencia ajuntós (adjutores).
De qualquer forma, terão alguns traços comuns: são conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade.
Um trabalho que exija rotina tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo.
São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é muito grande, a franqueza absoluta, chegando mesmo à falta de tato.

O Homem de Ogum

O filho de Ogum e um guerreiro também nos assunto do coração.
Passional, sempre empenhado em manter o jogo da conquista, é um amante completo.
Ativíssimo sexualmente, superprotetor com a pessoa amada, interessado em satisfazer-lhe as vontades, o companheiro de Ogum garante a sua parceira uma vida feliz em todos os sentidos.
Por isso mesmo é um homem muito cobiçado pelas mulheres.
E como sente necessidade de viver em permanente estado de paixão, torna-se presa fácil às aventuras amorosas.
Isso gera grandes conflitos internos nele e na pessoa amada.

A Mulher de Ogum

A protegida de Ogum é uma mulher que reúne as características femininas e masculinas.
Bonita e sensual por fora, ela pensa com cabeça de homem.
Justamente por ser assim, expõe-se mais que as outras mulheres e destaca-se em qualquer lugar.
Também é esse seu lado masculino muito forte que a afaz prezar a sua liberdade e independência acima de tudo, com reflexos na vida afetiva.
É a mulher de Ogum quem conquista o homem e é ela também que o dispensa quando não o quer mais.
Essa característica faz dela uma mulher difícil para parceiros machistas.
Mas conquista-la não e uma tarefa difícil e sim mantê-la sob domínio.
Ela precisa de um companheiro por quem tenha grande admiração ou do qual dependa de alguma forma.
E esse homem, por sua vez deverá aprender a conviver com muitas cenas de ciúmes.

Relações Vibratórias de Ogum na Umbanda

Atuação energética do orixá no ser humano: destemor, coragem, intrepidez, elegância, ordem.
Quando o ego se sobrepõe, sobressaem: indisciplina, arrogância, ciúme exagerado, covardia, egocentrismo extremo, banditismo.
Saudação: “Patacorí Ogum! Patacorí Ogum!”, Ogunyê! Ogunyê!Ogunyê!
Força da natureza: a magia dos sete elementos, dos quais apenas cinco são freqüentemente usados no quotidiano da vida planetária: água, terra, ar, fogo e éter.
Força Sutil: Ígnea e Hídrica.
Mineral: ferro.
Pedras: granada, rubi, sárdio.
Dimensão esotérica: ocupa o Sétimo Raio do diagrama, consagrado ao Cerimonial e a Magia.
Dia da semana: terça-feira.
Data festiva: dia 23 de abril.
Planeta: Marte.
Ponto Cardeal: Sul e Oeste.
Cor da guia: vermelho e branco ou somente vermelho.
Flores: Cravo vermelho, rosas vermelhas, crista de galo, e outras da mesma tonalidade.
Bebidas: cerveja branca, água mineral, sumo de suas ervas, vinho seco ou rascante, vinho de palma (extraído da palmeira Igi Oguro).
Comidas secas: pimentão ralado ou picado no azeite de dendê, camarão seco no dendê, farofa de inhame picado com mel, coco em pedaços no mel ou no azeite de dendê, inhame assado inteiro ou em rodelas.
Frutos: manga, cajá, coco, cajarana, cajá-mirim.
Habitat: Matas de preferência na entrada e estradas. movimentadas
Signo Zodiacal: Áries e Escorpião.
Numero Sagrado: 7(sete).
Mantra: Eamaka.
Neuma: HÂÂNAÊÊ.
Chefe de Legião: Ogum de lê.
Chacra: Solar ou Gástrico.
Ervas: Aroeira, Pata de Vaca, Carqueja, Losna, Comigo Ninguém Pode, Folhas de Romã, Espada de S. Jorge, Flecha de Ogum, Cinco Folhas, Macaé, Folhas de Jurubeba.
 Essência Volátil Liquida: Cravo e Tuberosa.
Arcanjo Tutor: Samuel.
Sincretismo: São Jorge.
Lua: Lua Cheia
Horas: entre 5;40 e 6:40 ou 13:40 e 14:40.
Vermelho: paixão, força, energia, amor, velocidade, liderança, masculinidade, alegria (China), perigo, fogo, raiva, revolução, "pare";


Fonte - Livro pessoal de pesquisa Ronaldo Jatapequara.

segunda-feira, 24 de março de 2014

É o Orixá que representa a Linha dos Pretos-Velhos

Atotô Meu Pai Omulu/Obaluaê

É o Orixá que representa a Linha dos Pretos-Velhos

“O Senhor das Doenças”



É considerado o médico dos pobres, sua casa esta sempre situada na floresta, fora do alcance dos homens, separada dos outros orixás.
Omolu está ligado a terra, bem como a morte.
É tido como filho de Nanã. Anda coxeando, devido à doença, e seu corpo está sempre escondido por palha-da-costa, para encobrir as feridas que fazem parte de sua vida. Omolu é considerado uma entidade velha, enquanto Obaluaê é sua forma mais jovem.
Omulu/Obaluaê não é Exu como muitos imaginam, dentro do Candomblé e da Umbanda este orixá e conhecido por seu dom de cura. E o orixá da saúde, vibrando especialmente sobre médicos, enfermeiros, casas de saúde, hospitais e cemitérios. Ambos os nomes surgem quando nos referimos a esta figura, seja Omolu seja Obaluaê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade.
Já para alguns babalorixás e zeladores, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá.
São também comuns as variações gráficas Obaluaê, Abalaú, Obaluaê e Abaluaê. Em termos mais estritos, Obaluaê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omolu é sua forma velha. A forma Omolu é a que mais se popularizou e acabou sendo confundida não apenas com a forma mais velha do Orixá, mas com sua essência genérica em si.
Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha.
A figura de Omolu/Obaluaê, assim como seu mito, é completamente cercado de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas.
Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou. Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola, tal visão, porém, nos parece uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente pôr ser a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omolu/Obaluaê, o Daomé.
Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omolu-Obaluaê é uma criatura da cultura jeje, posteriormente assimilada pelos yorubas.
Enquanto os Orixás yorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanos, a figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior.
Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças.
A visão de Omolu/Obaluaê é a do castigo.
Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás yorubas.
Como parte do temor dos yorubas, eles passaram a enxergar a divindade mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos chamar de malignidade de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato.
Omolu/Obaluaê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez. Existe uma grande variedade de tipos de Omolu/Obaluaê, como acontece praticamente com todos os Orixás.
Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço.
A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região. Justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omolu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui. Na Umbanda esta ligado diretamente aos Pretos-Velhos e também é representado por alguns Caboclos de Pena(Como por exemplo Caboclo Roxo na Linha de Cura ou Sacaca).
O Termo Yorimá foi um dos raros termos sagrados que se manteve sem nenhuma alteração. O que aconteceu e que esse termo foi completamente esquecido e postergado. Representa o Orixá Ancestral.
Esse termo sagrado foi realmente revelado, ou relembrado, através do Movimento Umbandista em sua mais alta pureza e expressão. Traduzindo esse vocábulo segundo a "Coroa da Palavra”, através do alfabeto Adâmico, teríamos:
Yorimá: Potência do verbo Iluminado, da Lei Sagrada, da Ordem Iluminada da Lei.

Traduzindo silabicamente, teremos:

YO--------------------> Potência, Ordem, Principio.
RI---------------------> Reinar, Iluminado.
MÁ-------------------> Lei, Regra.


 O Sincretismo de Omolu/Obaluaê _____________

São Lazaro: Discípulo e amigo de Jesus, irmão de Marta e Maria, residentes em Bethany, subúrbio de Jerusalém em Israel.
Morreu e foi ressuscitado por Jesus vários dias após a sua morte a pedido de Marta onde Jesus por varias vezes se hospedou e a considerava uma excelente cozinheira. Teria sido a inabalável fé de Marta que teria dito "Não tem importância, Jesus vai cura-lo apesar de já estar morto. Vão chama-lo”.
Diz a tradição que Lázaro já estava fedendo quando Jesus chegou para salva-lo.
Não há dúvida que foi o maior milagre de Jesus, segundo uma das varias tradições, Lázaro, Marta e Maria vão a França onde ele se torna o primeiro bispo de Marselha antes de ser martirizado. Em outra versão Lázaro e suas irmãs vão para Chipre onde ele se torna bispo de Kition ou Lamaka. As suas supostas relíquias teriam sido transladadas para Constantinopla e varias igrejas e capelas foram erigidas em sua honra na Síria.
A Basílica de São Lázaro, Santo padroeiro de Lanarka, construída em 890 DC era um templo cristão do quinto século no qual existia um sarcófago com a com a inscrição: "Lazarus, o amigo de Cristo".
Isto reforça a tradição que ele viveu sua “segunda vida ressuscitada” em Kition, Lanarka. A devoção a Lázaro era muito comum na Igreja antiga.

São Roque (1350-1379): Padroeiro dos inválidos, cirurgiões, protetor do gado, contra doenças contagiosas e a peste.       
            Significado do nome: eremita, homem grande e forte.
Data festiva: 16 de agosto.       
Natural de Montpellier, França, Roque teria nascido com uma cruz rubra estampada no peito. Segundo os registros da igreja católica, Roque ficou órfão de pai e mãe muito jovem e resolveu distribuir todos os seus bens aos pobres, deixando uma pequena parte confiada ao tio, partindo em peregrinação para Roma. 
No decorrer da viagem encontrou muitos necessitados e ofereceu-se como voluntário na assistência aos doentes, operando as primeiras curas milagrosas. Onde surgia um foco de peste, lá estava Roque ajudando.
Na viagem de volta para a França, foi contagiado pela peste, o que o impediu de prosseguir em sua obra de assistência aos atingidos pelo mesmo mal. Para não contaminar ninguém se isolou na floresta.  
Sempre vemos São Roque representado em trajes de peregrino com um cachorro que está a seu lado no ato de lhe dar um pão.
Esta gravura é inspirada no tempo de seu isolamento quando teria morrido de fome se um cachorro sem dono não lhe houvesse trazido diariamente um pão e se da terra não tivesse nascido uma fonte de água para lhe matar a sede.
Assim ele foi descoberto e levado diante do governador em Montpellier, que era seu tio, mas não o reconheceu. Roque foi confundido com um espião e passou 5 anos numa prisão até morrer abandonado e esquecido por todos. Alguns biógrafos dizem que ele só foi reconhecido depois de morto, pela cruz gravada no peito.

Lenda de Omulu/Obaluaê: Filho de Oxalá e Nanã nasceu com chagas, uma doença de pele que fedia e causava medo aos outros, sua mãe Nanã, não o podia ver, pois, morria de medo da varíola, que já havia matado muita gente no mundo. Por esse motivo Nanã, o abandonou na beira do mar. Ao sair em seu passeio pelas areias que cercavam o seu reino, Iemanjá encontrou um cesto contendo uma criança. Reconhecendo-a como sendo filho de Nanã, pegou-a em seus braços e a criou como seu filho em seus seios lacrimosos. O tempo foi passando e a criança cresceu e tornou um grande guerreiro, feiticeiro e caçador, ainda se cobria com a palha da costa, não ainda para esconder as chagas com a qual nasceu, e sim porque seu corpo brilhava como a luz do sol e pôr isso não podia ser visto a olho nu. Um dia Iemanjá chamou Nanã e apresentou-a a seu filho Chapanã, dizendo: Chapanã, meu filho receba Nanã sua mãe de sangue. Nanã, este é Chapanã nosso filho. E assim Nanã foi perdoada por Omulú e este passou a conviver com suas duas mães. Omulú - o senhor dono do mundo, como ficou conhecido, teve várias mulheres, entre elas Iansã, que com sua curiosidade e ousadia retirou a palha que cobria sua pele para vislumbrar o rosto do sol, e também casou-se com Euá, da água doce com quem teve vários filhos. Omulú ampliou seus domínios no mundo onde reina e decide o destino de todo ser humano e também controla com pulso forte o reino dos mortos.

Lenda II: Xapanã, originário de Tapa, leva seus guerreiros para uma expedição aos quatro cantos da terra. Uma pessoa ferida por suas flechas ficava cega, surda ou manca, Obaluaê-Xapanã chega ao território de Mahi no norte de Daomé, matando e dizimando todos os seus inimigos e começa a destruir tudo o que encontra a sua frente.
Os Mahis foram consultar um Babalaô e o mesmo ensinou-os como fazer para acalmar Xapanã. O Babalaô diz que estes deveriam trata-lo com pipocas, que isso iria tranqüiliza-lo, e foi o que aconteceu. Xapanã tornou-se dócil.
Xapanã contente com as atenções recebidas mandou construir um palácio onde foi viver e não mais voltou ao país Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou. Xapanã continua sendo saudado como rei de Nupê e pai em Empê.

Lenda III: Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Obaluaiê não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro.
 Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele.
 Iansã ou Yansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Obaluaiê e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas equedes.
 Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaiê pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Obaluaiê, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador.
Obaluaiê e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.

Animal Preferido: é o Cachorro um animal sagrado para o velho Omulu/Obaluaê.

Associa-se este Orixá a: De acordo com a mitologia africana, OMULU, também chamado de Xapanã, Kajanjá e Kaviungo, no ritual angola, é Rei do Mundo e filho do Senhor. Diz-se que é filho deNana, oriundos do Mahi, e que como divindades teriam sido incorporados ao culto yorubá.

No Candomblé: Omulu representa a terra, tanto o solo como as camadas mais profundas. É o médico dos pobres, O orixá das endemias, a entidade da varíola, da peste e das chagas. Mora nos cemitérios e controla as almas.

Omulu dança no Candomblé: coberto com um Fila (capuz) de palha – da – costa, levando nas mãos o xarará (Feixe de palha da costa, búzios e contas). Este xarará representa a vassoura ritual, com a qual Omulu varre todas as doenças. Encontramos, ainda, na indumentária de Omulu varre todas as doenças. Encontramos, ainda, na indumentária de Omulu, as guias (colares) confeccionados com búzios, palha-da-costa trançada e laquidibá (rodelas de chifre de búfalo ou de boi). Na Umbanda não a ritual de incorporação para nenhum orixá, somente para seus falangeiros que os representam.

A origem de Omulu/Obaluaê: é duvidosa. Algumas lendas afirmam ser Yemanjá sua mãe legítima sua mãe legítima; enquanto que outras lendas dizem ser ele o segundo filho do casamento de Nanamburuku com Oxalá. A segunda versão é a mais aceita pelo povo afro-brasileiro.

         Todas as festas reverenciadas a Omulu são: realizadas em cabanas confeccionadas com folhas de dendezeiro. A cabana deve ser contruída em frente ao peji. Quando a festa se dá por encerrada.

Atuação energética do orixá no ser humano: compreensão, amizade, adaptação, generosidade.

Quando o ego se sobrepõe, sobressaem: esquisitice, vaidade exagerada, maldade, morbidez, indolência.

Saudação: “Atoto! Atoto! Atoto!”, do yorubá.
 “Silencio! Silencio! Ele está entre nós! Ele está entre nós!”.

Força da natureza: Processo transformador nos três planos (físico, astral e mental).

Mineral: chumbo, mercúrio.

Dimensão esotérica: Situado no terceiro raio do diagrama.

Dia da semana: Segunda-feira no Candomblé e Sábado na Umbanda.

Planeta: Saturno.

Cor da Guia: Contas pretas e brancas alternadas, e o amarelo.

Data festiva: Toda a primeira quinzena de agosto ou novembro.

Bebidas: Vinho tinto, dendê e sumo de suas próprias ervas e frutos.

Flores: Cravos vermelhos e brancos e todas de tonalidades brancas.

Cor: Violeta, Preto e branco e amarelo.

Comidas secas: Pipocas (flores-de-omolu), pipocas com dendê, mocotó, aberém, gengibre ralado etc.

Frutos: Abacaxi, jenipapo, fruta-de-conde, abacate, caju, jaca, banana-da-terra.

Elemento fundamental: terra e ar.

Local preferido: O Templo e a Calunga (cemitério), lamaçal e a estrada.

Pedras: Ônix, Turmalina Negra, Hematita e Turquesa.

Essência Volátil Liquida: Eucalipto, Erva Cidreira, Junquilho.

Função: Curar doenças da pele, febre e doenças nos ossos. Livrar os olhos da peste, da bexiga e outras doenças que vêm com o ar.

 

Exu Guardião: Exu Pinga-Fogo.


Chefe da Legião: Pai Guiné.

Neuma: HÂÂRIÊÊ.

Força Sutil: Telúrica e Aérea.

Arcanjo Tutor: Yaramael.

Horário Vibratório: 12:00 as 00:00 horas.

Ponto Cardeal: Norte e Leste.

Geometria Sagrada: Pentágono ou pentagrama ou estrela de cinco pontas.
Pentagrama:
O Símbolo através da História
A humanidade sempre teve ao seu redor um mundo de forças e energias ocultas que muitas vezes não conseguia compreender nem identificar. Assim sendo, buscou ao longo dos tempos, proteção a esses perigos ou riscos que faziam parte de seu medo ao desconhecido, surgindo aos poucos muitos objetos, imagens e amuletos, criando-se símbolos nas tradições de cada povo.
O pentagrama está entre os principais e mais conhecidos símbolos, pois possui diversas representações e significados, evoluindo ao longo da história.
Passou de um símbolo cristão para a atual referência onipresente entre os neopagãos com vasta profundidade mágica.

Origens e difusões


Num dos mais antigos significados do pentagrama, os Hebreus designavam como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés).
Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.
O pentagrama também é encontrado na cultura chinesa representando o ciclo da destruição, que é a base filosófica de sua medicina tradicional.
Neste caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento específico: Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado por outro, (a Madeira é gerada pela Terra), o que dará origem a um ciclo de geração ou criação. Para que exista equilíbrio é necessário um elemento inibidor, que neste caso é o oposto (a Água inibe o Fogo).
A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas por Pitágoras e posteriormente por seus seguidores, que o consideravam um emblema de perfeição.
A geometria do pentagrama ficou conhecida como A Proporção Divina, que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos.
Era um símbolo divino para os druidas. Para os celtas, representava a deusa Morrighan (deusa ligada ao Amor e a Guerra). Para os egípcios, era o útero da Terra, mantendo uma relação simbólica com as pirâmides.
Os primeiros cristãos tinham o pentagrama como um símbolo das cinco chagas de Cristo.
Desse modo, visto como uma representação do misticismo religioso e do trabalho do Criador.
Também era usado como símbolo da comemoração anual da visita dos três Reis Magos ao menino Jesus.
Ainda, em tempos medievais era usado como amuleto de proteção contra demônios.

Fonte: http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo

Mantra: Pakasha.

Numero sagrado: 5

 

Signo Zodiacal: Capricórnio e Aquários.


Capricórnio, o décimo signo, inicia-se com o solstício de inverno, no hemisfério norte. Simboliza a retração, a dureza, o recolhimento, a frialdade. Nesta época é preciso ter muita habilidade e paciência para suportar os rigores do clima. Também representa a chegada, do adulto, ao auge de sua carreira, após uma árdua ascensão, galgada a custo de muito trabalho. É o símbolo do pai, e de seu mundo: todo o ambiente mais sóbrio e silencioso, emocionalmente distante, cheio de regras e deveres, mas também de recompensas para aqueles que sabem aguardar por elas. Trabalho e seriedade são os atributos básicos do capricorniano. Seus ganhos e sucessos são frutos de sua atitude, altamente direcionada e planejada. A ambição é a força motriz de seu comportamento. Eles almejam destacar-se, chegar ao cume; e dedicarão o máximo de si na busca deste ideal. Renunciarão a todo luxo e conforto, enquanto não atingirem sua meta.
   São bastante tradicionalistas e conservadores. Têm dentro de si um senso forte de hierarquia, o qual não quebrarão por nada no mundo. Não são de criar inimigos, pois consideram que isso só iria atrapalhar sua projeção. Irão assumir postos secundários sem reclamar, ainda que abaixo de sua capacitação, sabendo que lealdade e determinação são por fim reconhecidas.
   Gostam da solidão como poucos. Nela restabelecem-se e reordenam os pensamentos. Mas nela também se refugiam e se entregam à melancolia e ao pessimismo. Não conhecem muito da alegria. Parece-lhes que a alegria é um mito, com o qual gente séria não deve perder muito tempo.

   O capricorniano tende a ser muito rígido com os outros e consigo mesmo. A disciplina é um elemento indispensável para indivíduos tão tenazes assim. O capricorniano se mantém forte e impassível, e não desiste, custe o que custar. Pode tornar-se um avarento insuportável, ou uma pessoa viciada em trabalho, esquecendo por completo dos cuidados com a própria saúde, ou da atenção aos seus entes mais próximos.
   Esta frieza certamente só lhes é possível sob uma repressão descomunal de suas emoções. Um capricorniano evita falar de seus sentimentos, mesmo perante seus (poucos) amigos mais próximos. Se possível, o capricorniano finge que o sentimento não existe, pois quando pensam neles ficam menos objetivos. Quando a emoção lhes aflora, eles assustam-se e encolhem-se como uma criança medrosa.
   Por ser um signo cardinal, o capricorniano é um iniciador. Quando direciona esta energia para uma carreira, ele irá longe. Ele é bem prático quanto a isso: sabe aonde quer ir e como chegar lá. Não gosta de correr riscos. Sua grande dificuldade é lidar com o que está além de si. Pois planejam tanto que podem tornar-se escravos de seus próprios planos, sem espaço para improvisar quando é preciso.
   Mitologicamente, o signo é representado por uma cabra com cauda de peixe. A cabra é o animal que sobe a montanha até o cume, ainda que precise desferir algumas cabeçadas no que estiver bloqueando o seu caminho. A cauda indica a origem marinha. O capricorniano sobe, pois, do nível do mar até o topo do mundo, pelos próprios esforços.

Aquário é o décimo primeiro signo. Após o auge, representado por Capricórnio, o homem revê sua vida e seus valores. A tradição que seguiu até então afigura-se-lhe agora como um edifício oco e cheio de injustiças. Já não há mais sentido em mantê-la. Não há mais também preocupação com o que a sociedade pensaria. O indivíduo tem já a experiência necessária para vislumbrar um mundo mais justo e igualitário. E para atingir este objetivo, irá rebelar-se, se preciso, e liderar outros em torno de suas idéias.
   No hemisfério norte, os sol entra neste signo no meio do inverno. É o momento em que a cooperação e a solidariedade são importantes para a manutenção da vida comunitária, castigada pela severidade da natureza. O rigor do inverno compara-se na mente aquariana ao rigor do sistema social. A união de todos é seu sonho para a implantação de uma nova sociedade, fundamentada na colaboração mútua de todos os seus membros.
   Inovação, cooperação e revolução são as palavras que melhor definem seu gênio irrequieto. Por onde passar o aquariano estará procurando quebrar as regras, e incitar a anarquia. Ao seu ver, a liberdade e a espontaneidade são uma das poucas coisas que realmente precisam ser incutidas na mente das pessoas.
   Aquarianos gostam de trabalhar em grupos. Acreditam que cada um tem potencial próprio, independente de cor, credo, sexo ou idade. Mas ao mesmo tempo são extremamente individualistas. Abominam qualquer espécie de prisão, principalmente emocional.
   Não chegam a ser frios como os nativos de capricórnio, mas emoção também não é seu forte. Seus ideais de fraternidade e igualdade baseiam-se sobretudo na racionalidade. Isso adquire às vezes uma coloração curiosa: o aquariano será capaz de insistir em fórmulas ideológicas utópicas ou impraticáveis, sem conseguir pensar nas questões mais básicas e subjacentes ao problema. Esse distanciamento da realidade é um risco constante em sua vida. A realidade lhe parece tão brutal, que ele pode rejeitá-la como um todo, recusando-se a ver nela algo de bom. Sua atitude chega perto da de um adolescente imaturo, cuja única diversão é contrariar a ordem preestabelecida.
   São indivíduos bastante liberais. Costumam ter muitos amigos, e apreciam ficar várias horas ao seu lado. Não é incomum tratarem seus próprios parceiros amorosos como amigos, sem lhes dar qualquer privilégio adicional por estarem com eles dividindo a cama.
   São visionários, sempre a olhar para o futuro, debochando do passado e ignorando o presente. Às vezes tornam-se tão aéreos (ar é inclusive o seu elemento), que as pessoas os consideram loucos, esquisitos e excêntricos. Sem contato com o mundo real, o aquariano se embevece com seus altos vôos e pode condenar a si mesmo, como Ícaro.

Na mitologia, o signo é representado ora por um jovem, ora por um velho. Ambos trazem uma ânfora cheia d'água, que derramam ao solo. A imagem simboliza a capacidade do aquariano de trazer novas idéias ao mundo. O inconsciente flui através de suas mãos, tornando-o instrumento para a busca de soluções originais e descobertas transformadoras.

Ervas: Eucalipto, Tamarindo, Guiné-pipiu, Trombeta, Alfavaca, Câmara, Bananeira, Sete-sangrias, Vassoura preta ou branca.

 

Características dos filhos de Omolu-Obaluaê:


Ao senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança, se nela Omolu-Obaluaê escondem dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate.
No comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter tipicamente masoquista. Os filhos de Omolu como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas.