terça-feira, 12 de agosto de 2008

Pai Joaquim de Angola

Pai Joaquim de Angola

Pai Joaquim foi um príncipe negro oriundo da África, na região de Angola, aonde era chamado de Iquemí, negro guerreiro, majestoso e muito inteligente. Amava sua liberdade e seus amores, um legitimo filho do Orixá Xangô.
Mais entre guerras e principalmente pela invasão Européia no continente africano, Iquemí foi aprisionado, por tribos inimigas e vendido a mercadores brancos, no valioso mercado negro de escravos.
Iquemí, entrou em desespero, foi preso como animal, jogado em um porão de navio, aos gritos e desespero dos seus inimigos de cor.
Iquemí foi logo chamando a atenção de alguns brancos, principalmente pelo dono do navio, que logo observou o porte físico de Iquemí, sua beleza, dentes perfeitos, e logo viu em seus olhos que este negro não se submeteria aos maus tratos dos brancos, para se tornar um escravo.
O mercador de escravo chamava-se Manoel Joaquim, nascido em Lisboa, decidiu ficar com Iquemí na sua fazenda nas terras da Bahia.
Logo o mercador o Sr. Manoel se afeiçoou por Iquemí e passou a trata-lo com mais confiança, por sua valentia e o bom trato com os negros da fazenda.
Mal sabia que sobre a luz da aruanda ambos eram almas afins, unidos pelo destino, sem diferença de cor.
O Sr. Manoel, antes de adoecer, batizou Iquemí com um nome de branco e passou a chamá-lo de Manoel Joaquim de Luanda, o famoso Nego Pai Joaquim de Angola na Umbanda.
Sua fama correu em toda Bahia, promovendo a paz entre seus irmãos de cor, bondoso, um verdadeiro cristão.
Pai Joaquim recebeu seu primeiro chapéu de palha, dado pelo Bispo da Igreja Católica local, e morreu sem parar de pensar na sua velha e mãe África.
Como o Conto de Preto, escrito por mim narra a seguir:

Caminhei com fé e com dor.
Caminhei na fé e no amor.
Caminhei com Deus e Nossa Senhora.
Caminhei no chicote e fui banido de Angola.
Minha vida inteira Caminhei, sonhando em algum dia ser um Rei.
Rei de cor que nunca tive, para fugir do deslize, que não sei se tive.
Eu sou um Preto, sou crioulo, Sou um Preto estimado.
Minha vida foi sempre um Cajado, mais meu amor sempre teve ao meu lado.
Amor de Preto era uma Senhora, que nunca me abandonou, nem mesmo na degola.
Senhora Guerreira e Justiceira.
A Nossa Senhora de ANGOLA.
A Senhora dos Orixás, Mãe de todas as energias vitais, Mãe da natureza Feliz, Mãe dos Mortais e dos Imortais, a Minha Mãe Angola.
Ai que saudade de Angola.
Que agora não vejo mais, pois fui banido da minha Terra, para meus Caminhos de volta, jamais encontrar.
Que Preto sou eu?
Não sei dizer.
Que Preto tu és?
Não sei dizer.
O que sei dizer e que Preto eu sou, e Branco foste tu que me maltratou.
Sem pena e sem dor, e sem Amor.
Mais Branco não tenha mais dó, pois agora finalmente sou Rei.
Rei do meu amor.
Pois morri e acordei na minha Angola.
A Angola de Meu Pai, o Rei Redentor, o Nosso Senhor Deus Salvador.
Angola de Luanda, Huambo e Benguela, Angola de Lobito e Lubango.
Angola do Cristianismo, trazido pelos meus irmãos de cor de Rei, os Brancos Portugueses.
Angola das minhas tradições tribais.
A minha Mãe Angola, o meu Amor.
Caminhei com fé e com dor.
Caminhei na fé e no amor.
Caminhei com Deus e Nossa Senhora.
E nunca mais caminharei no chicote dos Reis de cor, que me baniram de Angola, o meu Amor.

Autor: Ronaldo Jatapequara

Pai Joaquim foi um príncipe negro oriundo da África, na região de Angola, aonde era chamado de Iquemí, negro guerreiro, majestoso e muito inteligente. Amava sua liberdade e seus amores, um legitimo filho do Orixá Xangô.
Mais entre guerras e principalmente pela invasão Européia no continente africano, Iquemí foi aprisionado, por tribos inimigas e vendido a mercadores brancos, no valioso mercado negro de escravos.
Iquemí, entrou em desespero, foi preso como animal, jogado em um porão de navio, aos gritos e desespero dos seus inimigos de cor.
Iquemí foi logo chamando a atenção de alguns brancos, principalmente pelo dono do navio, que logo observou o porte físico de Iquemí, sua beleza, dentes perfeitos, e logo viu em seus olhos que este negro não se submeteria aos maus tratos dos brancos, para se tornar um escravo.
O mercador de escravo chamava-se Manoel Joaquim, nascido em Lisboa, decidiu ficar com Iquemí na sua fazenda nas terras da Bahia.
Logo o mercador o Sr. Manoel se afeiçoou por Iquemí e passou a trata-lo com mais confiança, por sua valentia e o bom trato com os negros da fazenda.
Mal sabia que sobre a luz da aruanda ambos eram almas afins, unidos pelo destino, sem diferença de cor.
O Sr. Manoel, antes de adoecer, batizou Iquemí com um nome de branco e passou a chamá-lo de Manoel Joaquim de Luanda, o famoso Nego Pai Joaquim de Angola na Umbanda.
Sua fama correu em toda Bahia, promovendo a paz entre seus irmãos de cor, bondoso, um verdadeiro cristão.
Pai Joaquim recebeu seu primeiro chapéu de palha, dado pelo Bispo da Igreja Católica local, e morreu sem parar de pensar na sua velha e mãe África.
Como o Conto de Preto, escrito por mim narra a seguir:

Caminhei com fé e com dor.
Caminhei na fé e no amor.
Caminhei com Deus e Nossa Senhora.
Caminhei no chicote e fui banido de Angola.
Minha vida inteira Caminhei, sonhando em algum dia ser um Rei.
Rei de cor que nunca tive, para fugir do deslize, que não sei se tive.
Eu sou um Preto, sou crioulo, Sou um Preto estimado.
Minha vida foi sempre um Cajado, mais meu amor sempre teve ao meu lado.
Amor de Preto era uma Senhora, que nunca me abandonou, nem mesmo na degola.
Senhora Guerreira e Justiceira.
A Nossa Senhora de ANGOLA.
A Senhora dos Orixás, Mãe de todas as energias vitais, Mãe da natureza Feliz, Mãe dos Mortais e dos Imortais, a Minha Mãe Angola.
Ai que saudade de Angola.
Que agora não vejo mais, pois fui banido da minha Terra, para meus Caminhos de volta, jamais encontrar.
Que Preto sou eu?
Não sei dizer.
Que Preto tu és?
Não sei dizer.
O que sei dizer e que Preto eu sou, e Branco foste tu que me maltratou.
Sem pena e sem dor, e sem Amor.
Mais Branco não tenha mais dó, pois agora finalmente sou Rei.
Rei do meu amor.
Pois morri e acordei na minha Angola.
A Angola de Meu Pai, o Rei Redentor, o Nosso Senhor Deus Salvador.
Angola de Luanda, Huambo e Benguela, Angola de Lobito e Lubango.
Angola do Cristianismo, trazido pelos meus irmãos de cor de Rei, os Brancos Portugueses.
Angola das minhas tradições tribais.
A minha Mãe Angola, o meu Amor.
Caminhei com fé e com dor.
Caminhei na fé e no amor.
Caminhei com Deus e Nossa Senhora.
E nunca mais caminharei no chicote dos Reis de cor, que me baniram de Angola, o meu Amor.

Autor: Ronaldo Jatapequara