sábado, 14 de julho de 2012

Um pouco da História da Umbanda


Um pouco da História da Umbanda

No dia 15 de novembro de 1908, no bairro de Neves – São Gonçalo, Estado do Rio de Janeiro, é que se deu a série de fenômenos que vieram a marcar o surgimento oficial da doutrina Espírita sagrada de UMBANDA.

Foi pelas mãos abençoadas do Caboclo das Sete Encruzilhadas, tendo como médium Zélio Fernandino de Moraes (foto ao lado) com apenas 17 anos de idade, um rapaz simples, de bons costumes e de família bem estruturada que em seu bojo possuía homens de cabedal, entre eles, dois padres, foi o escolhido pelo plano superior parta ser o artífice da eclosão no plano físico dos trabalhos dessa seara bendita que deveria como informou o bondoso Caboclo ser a manifestação do espírito para a caridade.
Seara essa que procuraria minorar os sofrimentos e agruras da vida de homens simples e iletrados, considerados verdadeiros parias da sociedade.
Naquela época imperavam a ignorância e o preconceito, principalmente, no que tangia a valores espirituais.
Assim sendo, a primeira casa de Umbanda do Brasil e do Mundo, teve o nome de Nossa Senhora da Piedade, uma homenagem singela a Maria Santíssima, mãe adorável de Jesus de Nazaré, mestre do amor maior.
Este núcleo realizou durante décadas a sublime tarefa de socorrer aos desvalidos, dando-lhes o suporte necessário para caminhar em direção a Deus.
A missão inicial do Caboclo das Sete Encruzilhadas constava da fundação de (7) Sete casas-mãe, que serviriam de divulgadoras da nova doutrina e dos trabalhos espirituais de socorro e orientação.
O crescer do movimento Umbandista, se deu de forma espantosa tendo, em breve tempo, se instalado pelos rincões de todo o solo nacional.
Religião eminentemente brasileira, de raízes profundas e de caráter benemerente, não tardou a conquistar milhões de adeptos no país a fora.
Setenta anos após o seu surgimento (1978), tornou-se religião oficializada com registro e cumprimento das formalidades necessárias para ser considerada como tal e também respeitadas pelas demais religiões.
O culto dos Orixás e os rituais e orações e curas muitos bem definidos pela presença das entidades que se manifestam nos trabalhos de Umbanda, dão-lhe o caráter religioso e espiritual de que precisa para cumprir a missão de fazer progredir espiritual, moral e materialmente seus Filhos.
Salve a Umbanda – fiel depositária das melhores aspirações de progresso e profundo crescimento em direção a Luz Maior, que representa Deus.



Umbanda e os Caboclos

São considerados como os pretos velhos e erês os grandes mentores espirituais da Umbanda.
Foram eles que junto com os Catimbozeiros, decodificaram e organizaram a Umbanda e suas linhas. São comumente chefes de casas de santo, e não comum vem como entidades chefes das cabeças dos Zeladores ou Zeladoras.
         No ano de 1908 através do Médium Zélio Bernardino de Moraes, o Caboclo das 7 encruzilhadas anunciou a nova religião (genuinamente brasileira), fugindo quase que na totalidade dos costumes das nações do Candomblé.
Hoje dentro de Umbanda o termo  "Caboclo" designa tal importância a ponto de ser sinônimo de entidades que nela  trabalham.
        "Dentro de Umbanda não se faz Orixás e sim Caboclos!”.
Essa expressão é  por muita desconhecida e confusa.
Primeiramente o termo "Caboclo" antes de designar índio, ou mesmo caboclos, tem dentro de Umbanda o significado de espírito que trabalha  e que dentro da religião vem sob as ordens de algum orixá.
O termo "Caboclo" para muitos significa capangueiro ou falangeiros, ordenança ou representantes dos Orixás na Terra.           
No começo de tudo, onde os Exus, Pretos Velhos, Catimbozeiros e Caboclos  (índios) organizaram e decodificaram a religião Umbandista, a presença dos Caboclos era muito mais marcante do que a presença dos Velhos ou dos Catimbozeiros.
No começo os cultos eram liderados por grandes Mestres Espirituais que usavam a Pajelança e o Catimbó, espécie de culto muito difundido até hoje no Nordeste que trabalha com as almas dos mortos e com uma simbologia toda própria extraída da fumaça dos cachimbos.
 Tal culto se baseava e tinha como centro energético um tronco de uma árvore chamado "Jurema".
Aí começa a confusão e ao mesmo tempo toda a base para o entendimento.
Vale lembrar que "jurema" é uma árvore que ainda hoje existe nas terras do  Norte.
 O termo Catimbó muitas das vezes era substituído pelo termo "Jurema", em vez  de se dizer "Vamos cultuar o Catimbó" era dito "vamos cultuar a Jurema".
Com a propagação da Cabocla Jurema (grande espírito dentro de Umbanda), começou-se a ligar as entidades Caboclas aos Eguns (espíritos já mortos e que hoje trabalham na Umbanda).
 O termo Caboclo então se difundiu como espírito que hoje trabalha em Umbanda.
 Vale lembrar, que a maioria das entidades que trabalham em Umbanda foram realmente Caboclos e Caboclas (Caboclos de Oxossi, Caboclos de Xangô, Caboclos de Ogum, Caboclas de Oxum, Caboclas de Yansã etc...).
Daí a explicação para o termo "Umbanda  não faz Orixá, Umbanda faz Caboclo".
O Ogum que hoje incorpora em Umbanda, nada  mais é do que o espírito, que viveu dentro de guerras e que tinha uma grande ligação ao Deus (Orixá) do ferro o Senhor Ogum.
Hoje não existe Umbanda sem a força e a sapiência dos grandes Caboclos de Umbanda.
Seus gritos de guerra, suas vestimentas, sua língua ainda viva e seus charutos fazem da Umbanda realmente uma das mais lindas Religiões Espiritualistas que existem.
Dentre os Caboclos mais conhecidos podemos citar o Caboclo Roxo (faço aqui a minha homenagem ao meu pai Caboclo Roxo, do qual hoje tenho orgulho de ter sido confirmado e feito por ele, sendo hoje seu aparelho e meu Pai Caboclo Barão de Gore e Seu Jatapequara), Caboclos Tupi, Caboclo Mata Virgem, Caboclo Folha Seca, Caboclo Tabajara, Caboclo Ubirajara, Caboclo Arranca Toco, Caboclo Pena Branca entre outros.
As Caboclas mais conhecidas são a Cabocla Jurema, Cabocla Brava e Dona Mariana, Cabocla Jupira e Cabocla Jandira (irmãs e filhas do Caboclo Tupinambá), Cabocla  Jacira, Cabocla Tanara, Cabocla Jandaia entre outras.
O que importa e a força e a luz que os Caboclos trazem em seus trabalhos, e que representam com magnitude os Orixás de Umbanda.
Que todos os Orixás em especial o Senhor Ogum Guerreiro estejam presentes sempre em nossas vidas.


“Salve Ogum, Ogunhyê meu Pai”.

O que são os Orixás

Os Orixás são energias da natureza, são seres de altíssima vibração que já foram criados perfeitos ou, que já passaram por matéria, não só neste planeta, e que conseguiram chegar a um altíssimo nível de esclarecimento e purificação.
Não são simplesmente espíritos como se diz, são energia pura, não possuem mais nenhuma energia ligada à matéria.
São Deuses, pois agem sobre os elementos da natureza e em tudo que se existe.
Existe uma grande polêmica no que diz respeito ao que os Orixás são realmente; pois muitos dizem que já foram feitos perfeitos, enquanto que outros dizem que já foram espíritos, e que, se aperfeiçoaram até tão elevado nível.
Na verdade os Orixás fizeram parte integral da criação deste e de outros mundos, por isso, já foram criados perfeitos por Olorum, e, devido à tão grande perfeição, as energias mais baixas que vieram a se tornar espíritos através de bilhares de anos, através de encarnações em diversas formas, que Olorum permitiu que estas energias mais baixas se tornassem tão altas quanto os Orixás.
Sendo que nós, através de varias fazes a mais de aperfeiçoamento, e, não só neste mundo; pois existem mundos muito mais perfeitos, é que poderemos chegar a tão elevado nível.
Sendo que desta forma, os Orixás, mesmo os que já possuíram um corpo material, são de mesmo poder, pois, os que já possuíram corpo material, estão infinitamente distantes de possuírem alguma coisa que os ligue a nós, espíritos encarnados, da mesma forma que todos os outros Orixás.
O que podemos ver nas lendas, e que os Orixás, já estiveram no nosso mundo, isso para que ele fosse criado como é, mas na verdade, as lendas contam apenas a historia de quando estiveram aqui, para que fossem reconhecidos como Deuses e para ajudarem no desenvolvimento deste mundo.
Pois eles já estavam interferindo no desenvolvimento do planeta, dês dos seus primórdios, muito antes de serem consagrados como Deuses, e, não estiveram sós neste planeta, mas em vários outros, pois os Orixás, são ministros de Olorum, as energias que Olorum usa para que sejam construídos e modificados os mundos.
Os Orixás são os seres que influenciam em toda nossa vida de maneira positiva, e são Eles que fazem com que nós sigamos sempre o melhor caminho, mesmo que pareça tortuoso.
Eles são os nossos Pais e Mães do mundo espiritual.
Lembrando que, o ser humano é incrédulo, ele precisa de algo para tocar para que tenha confiança e, é por isso, que os Orixás aparecem de forma masculina e feminina, que é só para que as pessoas tenham mais fé, e não porque possuem diferenças sexuais.
Deve-se salientar aqui que, os Orixás, por serem energias superiores, não vivem na mesma dimensão que os demais espíritos, mesmo que estes espíritos sejam muitos iluminados, pois os espíritos, mesmo iluminados, ainda possuem algumas impurezas da matéria, e os Orixás, são puros demais para coexistirem.
Os Orixás são o princípio ativo do início da criação de tudo que existe, do próprio universo, pois estes são o princípio ativo vital de tudo que existe em todo o universo, pois tudo foi criado por Eles, com a força de Olorum.
São a própria essências da vida.
Cada Orixá exerce a sua função, um em conjunto com o outro, nunca separadamente.



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