segunda-feira, 16 de julho de 2012

CURIOSIDADES DOS PRETOS-VELHOS E CULTURA NEGRA.


CURIOSIDADES DOS PRETOS-VELHOS E CULTURA NEGRA.

1. Habitat: cemitérios e matagais.

Cemitério é o lugar onde são sepultados os cadáveres dos mortos. Na maioria dos casos os cemitérios são lugares de prática religiosa. A palavra "cemitério" (do latim tardio coemeterium, derivado do grego κοιμητήριον [kimitírion], a partir do verbo κοιμάω [kimáo] "pôr a jazer" ou "fazer deitar") foi dada pelos primeiros cristãos aos terrenos destinados à sepultura de seus mortos.

2. Imantação: rapadura, agrião, feijão preto, mingau das almas, café, 

Fumo de rolo.

  
Fumo de corda ou fumo de rolo: É comercializado em longas cordas, comumente de cor negra, pela riqueza de nicotina, que pesam em média de 3 a 5kg enroladas em um pau. As variedades cultivadas pertencem ao grupo crioulo, como goiano, azulão, Jorginho, além de muitas outras, com nomes regionais. As folhas, grandes, encorpadas e ricas em viscosidade, são colhidas quando atingem plena maturação e dependuradas em galpões ou ranchos por 15 dias, para a murcha acentuada, sendo então destaladas (separação das nervuras centrais) para formar a corda.
O enrolamento exige de quatro a oito folhas, conforme a grossura desejada; o movimento de torsão é dado por duas pessoas.
À medida que se forma, a corda é enrolada em um sarilho.
Durante um mês, o fumo é curado ao sol, passando de um sarilho para outro, enquanto se torce a corda, para escoar a água e as substâncias gomosas que formam o “mel”, e reduzir o diâmetro. Dependendo da grossura final (associação torcida de três ou mais cordas finas), o processo termina entre 60 e 90 dias.

3. Libação: o mais comum e o café amargo, cachaça e vinho.

3.1 cachaça, ou marafo é o nome dado à aguardente de cana, uma bebida alcoólica tipicamente brasileira. Seu nome pode ter sido originado da velha língua ibérica – cachaza – significando vinho de borra, um vinho inferior bebido em Portugal e Espanha, ou ainda, de "cachaço", o porco, e seu feminino "cachaça", a porca. Isso porque a carne dos porcos selvagens, encontrados nas matas do Nordeste – os chamados catitus – era muito dura e a cachaça usada para amolecê-la. Carvalho (1988).
É usada como coquetel, na mundialmente conhecida Caipirinha.
É obtida com fermentação da garapa de cana-de-açúcar ou do melaço e sua posterior destilação.

3.2 Vinho (do grego antigo ονος através do latim vīnum, que tanto podem significar "vinho" como "videira" ) é, genericamente, uma bebida alcoólica produzida por fermentação do sumo de uva. Na União Européia o vinho é legalmente definido como o produto obtido exclusivamente por fermentação parcial ou total de uvas frescas, inteiras ou esmagadas ou de mostos; no Brasil é considerado vinho a bebida obtida pela fermentação alcoólica de mosto de uva sã, fresca e madura, sendo proibida a aplicação do termo a produtos obtidos a partir de outras matérias-primas.

3.3 Café: História e Lenda.

Corre uma lenda sobre as origens do café contando que, num dado momento do século III d. C., um   pastor de cabras, chamado Kaldi, certa noite ficou ansioso quando suas cabras não retornaram ao rebanho. Quando saiu para procurá-las, encontrou-as saltitando próximo a um arbusto cujos frutos estavam mastigando e que obviamente foi o que lhes deu a estranha energia que Kaldi nunca vira  antes. Dizem que ele mesmo experimentou os frutos e descobriu que eles o enchiam de energia, como aconteceu com o seu rebanho.  Kaldi evidentemente i levou essa maravilhosa "dádiva divina" ao mosteiro local, mas as reações não foram favoráveis e ele ateou fogo nos frutos, dizendo serem "obra do demônio". O aroma exalado pelos frutos torrados nas chamas atraiu todos os monges para descobrir o que estava causando aquele maravilhoso perfume e os grãos de café foram rastelados das cinzas e recolhidos. O abade mudou de idéia, sugeriu que os grãos fossem esmagados na água para ver que tipo de infusão eles davam, e os monges logo descobriram que o preparado os mantinha acordados durante as rezas e períodos de meditação. Notícias dos maravilhosos poderes da bebida espalharam-se de um monastério a outro e, assim, aos poucos espalharam-se por todo mundo. As evidências botânicas sugerem que a planta do café origina-se na Etiópia Central (onde ainda crescem vários milhares de pés acima do nível do mar). Ninguém parece saber exatamente quando o primeiro café foi tomado lá (ou em qualquer parte), mas os registros dizem que foi tomado em sua terra nativa em meados do século XV Também sabemos que foi cultivado no Iêmen (antes conhecido como Arábia), com a aprovação do governo, aproximadamente na mesma época, e pensa-se que talvez os persas levaram-no para a Etiópia no século VI d.C., período em que invadiram a região.
À medida que o café tornou-se cada vez mais popular, salas especiais nas casas dos mais abastados foram reservadas para se tomar café, e casas de café começaram a aparecer nas cidades. A primeira abriu em Meca, no final do século XV e início do XVI e, embora originalmente fossem lugares de reuniões religiosas, esses amplos saguões onde os clientes se sentavam em esteiras de palha ou colchões sobre o chão, rapidamente tornaram-se centros de música, dança, jogos de xadrez, gamão, conversas em locais em que se faziam negócios. A primeira abriu em Meca, no final do século XV e início do XVI e, embora originalmente fossem lugares de reuniões religiosas, esses amplos saguões onde os clientes se sentavam em esteiras de palha ou colchões sobre o chão, rapidamente tornaram-se centros de música, dança, jogos de xadrez, gamão, conversas em locais em que se faziam negócios.
Sua popularidade espalhou-se por Cairo, Constantinopla e para todas as partes do Oriente Médio, mas os muçulmanos devotos desaprovavam todas as bebidas tóxicas, incluindo o café, e consideravam as casas de café como uma ameaça à observância religiosa. Às vezes, esses centros populares de diversão eram atacados e destruídos por fanáticos religiosos, e alguns governantes apoiavam a proibição do café e impunham punições aterrorizadoras: aqueles que desobedecessem poderiam ser açoitados, presos dentro de um saco de couro e atirados no Bósforo. Enquanto isso, comerciantes europeus da Holanda, Alemanha e Itália certamente estavam exportando grãos e, também, tentando introduzir a lavoura em suas colônias.
Os holandeses foram os primeiros a iniciar o cultivo comercial no Sri Lanka, em 1658, e então em Java, em 1699, e por volta de 1706 eles estavam exportando o primeiro café de Java e estendendo a produção para outras partes da Indonésia. Em 1714, os holandeses bem-sucedidos presentearam Luís XIV da França com um pé de café que cresceu numa estufa em Versailles e quando deu frutos, as sementes foram espalhadas e as mudas foram levadas para o cultivo na ilha de Réunion, na época chamada de Ilha de Bourbon. A variedade de arbustos de café que se desenvolveu daquela árvore em Paris tornou-se conhecida como o café Bourbon e foi a fonte original de grãos hoje conhecidos no Brasil como Santos e no México como Oaxaca.

3.4 Chegada do Café no Brasil:

Em 1727 os portugueses compreenderam que a terra do Brasil tinha todas as possibilidades que convinham à cafeicultura. Mas infelizmente eles não possuíam nem plantas nem grãos. O governo do Pará, encontrou um pretexto para enviar Palheta, um jovem oficial a Guiana Francesa, com uma missão simples: pedir ao governador M. d’Orvilliers algumas mudas. M. d’Orvilliers seguindo ordens expressas do rei de França, não atende o pedido de Palheta. Quanto à Mme. d’Orvilliers, esposa do governador da Guiana Francesa, não resiste por muito tempo aos atrativos do jovem tenente. Quando Palheta já regressava ao Brasil,  Mme. d’Orvilliers envia-lhe um ramo de flores onde, dissimuladas pela folhagem, se encontravam escondidas as sementes a partir das quais haveria de crescer o poderoso império brasileiro do café – um episódio bem apropriado para a história deste grão tão sedutor.
Do Pará, a cultura passou para o Maranhão e, por volta de 1760, foi trazida para o Rio de Janeiro por João Alberto Castelo Branco, onde se espalhou pela Baixada Fluminense e posteriormente pelo Vale do Paraíba.
O surto e incremento da produção do café foram favorecidos por uma série de fatores existentes á época da Independência. As culturas do açúcar e do algodão estavam em crise, batidas no mercado internacional pela produção das Antilhas e dos EUA; por isso, os fazendeiros precisavam encontrar outro produto de fácil colocação no mercado internacional. Além disso, a decadência da mineração libertou mão-de-obra e recursos financeiros na região Centro-Sul (Minas Gerais e Rio de Janeiro, principalmente) que podiam ser aplicados em atividades mais lucrativas. Em nível internacional, a produção brasileira foi favorecida pelo colapso dos cafezais de Java (devido a uma praga) e do Haiti (devido aos levantes de escravos e á revolução que tornou o pais independente). Outros fatores decisivos foram a estabilização do comércio internacional depois das guerras napoleónicas (Tratado de Versalhes, 1815) e a expansão da demanda europeia e americana por uma bebida barata.
A importância econômica do café refletiu-se na sua expansão geográfica. No início, difundiu-se pelo Vale do Paraíba (Rio de Janeiro e São Paulo), Sul de Minas e Espírito Santo. Depois, atingiu Campinas, no "Oeste Velho" de São Paulo; dali, expandiu-se para o chamado "Oeste Novo" (Ribeirão Preto e Araraquara) e passou, mais tarde, para as regiões de terra roxa do Norte do Paraná e Mato Grosso. Hoje, as áreas de cultivo localizam-se nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo e Bahia. Após a grande geada de 1975, houve um deslocamento das principais zonas produtoras do Norte do Paraná para áreas de clima mais favorável, como o sul de Minas Gerais e o interior capixaba.
A exportação brasileira do café começou a crescer a partir de 1816. Na década de 1830-1840, o produto assumiu a liderança das exportações do pais, com mais de 40% do total; o Brasil tornou-se, em 1840, o maior produtor mundial de café. Na década 1870-1880, o café passou a representar até 56% do valor das exportações. Começou então o período áureo do chamado ciclo do café que durou até 1930; no final do séc. XIX, o café representava 65% do valor das exportações do pais, chegando a 70% na década de 1920.
Contudo, o crack da Bolsa de Nova York (1929) forçou a queda brusca no preço internacional do café (que caiu,em 1930, para pouco mais que a metade de seu valor em 1928), que continuou em queda até menos de 40% em 1931, ficando nesses níveis baixos durante muitos anos: só em 1947 é que os preços voltaram aos níveis de 1928. Essa situação agravou a crise de superprodução do café, cujos primeiros sinais apareceram no início do séc. XX.
Para enfrentar essa crise, os governadores dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro reuniram-se (fevereiro de 1906) no chamado Convênio de Taubaté, que definiu uma política para a valorização do produto: os governos estaduais comprometeram-se a comprar toda a produção e usar os estoques como instrumentos para impedir quedas e oscilações no preço do produto, além de proibir novos plantios.O Convênio de Taubaté representou a primeira intervenção oficial em defesa do café. Nos anos seguintes, o governo federal também tomou iniciativas nesse sentido. Mais tarde, após a crise de superprodução mundial de 1957, os países produtores e os grandes consumidores criaram o Acordo Internacional do Café (1962), que estabeleceu quotas de exportação para os países-membros.
O chamado "ciclo do café" teve repercussões econômicas e sociais importantes no Brasil. A expansão da lavoura levou à ampliação das vias férreas, principalmente em São Paulo; os portos do Rio de Janeiro e de Santos foram modernizados para sua exportação; a necessidade de mão-de-obra trouxe imigrantes europeus, principalmente depois da Abolição dos escravos; o café foi o primeiro produto de exportação controlado principalmente por brasileiros, possibilitando o acúmulo de capitais no pais. Em consequência, criou-se um mercado interno importante, principalmente no Centro-Sul, que foi o suporte para um desenvolvimento sem precedentes das atividades industriais, comerciais e financeiras. O café, sobretudo, consolidou a hegemonia política e econômica do Centro-Sul, transformando-o na região brasileira onde o desenvolvimento capitalista foi pioneiro e mais acentuado.
Desde os anos 50, a importância do café para a economia brasileira tem decrescido sensivelmente. Uma das conseqüências da crise mundial de 1957 foi o início da produção de café solúvel.
A participação do café nas exportações do pais diminuiu; em meados dos anos 70, o valor da exportação de manufaturados ultrapassou o do café, que, desde o início dos anos 80, responde por cerca de 10% do valor total das exportações brasileiras. Apesar disso, o café é ainda um dos principais produtos isolados exportados pelo país. São Paulo, que foi o maior produtor nacional desde o último terço do século passado, perdeu a primazia para o Paraná no final dos anos 50, mas sua produção ainda era significativa: em 1966-1967, por exemplo, metade de todos os cafeeiros do pais estava plantada nesses dois Estados. Vinte anos depois, em 1986-1987, era Minas Gerais que tinha o maior número de cafeeiros (mais de um terço do total nacional), seguindo-se São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Bahia (que tinham juntos 92% dos 3,5 bilhões de pés de café então existentes no país).
Em 1996 o consumo mundial supera a barreira dos 100 milhões de sacas. Em 1997 o Brasil atinge  quase 3  bilhões de dólares na exportação de café, tendo a Alemanha superado os Estados Unidos como maior importador.
Em 1998 o comitê do Conselho da Bolsa de New York coloca na pauta o café despolpado brasileiro.
Fontes: 
Grande Enciclopédia Larousse Cultural
CAFÉ-La Dolce Vita - Asa Editores Ltda.
Aroma de Café- Luiz Norberto Pascoal
Le Café - Anne Vantal


Flores: de tonalidades claras.

Banho descarrego: vários, citarei um; arruda, sal grosso, carvão ralado e fumo de rolo picado e folhas de café.

Óleo Litúrgico: Dendê. O dendezeiro (Elaeis guineensis), também é conhecido como palmeira-de-óleo-africana, aavora, palma-de-guiné, palma, dendém (em Angola), palmeira-dendém, coqueiro-de-dendê. O fruto é conhecido como dendê.
O dendezeiro é originário da Costa Ocidental da África (Golfo da Guiné), sendo encontrado em povoamentos sub-espontâneos desde o Senegal até Angola; foi trazido, no século XVII, ao Brasil e adaptou-se bem ao clima tropical úmido do litoral baiano.
A importância do azeite retirado do dendezeiro, chamado óleo de dendém ou azeite de palma ou dendê, pode ser vista com o Alvará Régio, de 1813, do Príncipe Regente D. João, ao isentar de taxas de alfândega o sabão e o azeite de palma ou como é mais conhecido óleo de palma ou ainda óleo de dendê vindos da Ilha de São Tomé, na África. A palmeira chega a 15 m de altura. Seus frutos são de cor alaranjada, e a semente ocupa totalmente o fruto. Seu rendimento é muito grande, produz 10 vezes mais óleo que a soja, 4 vezes mais que o amendoim e 2 vezes mais que o coco.
Da amêndoa do fruto se extrai também um óleo usado em cosmética e na fabricação de chocolate. O dendê é muito usado na culinária baiana, que se baseia em sabedoria ancestral trazida da África. Dá à comida sabor, cor e aroma peculiares, de que é exemplo o vatapá.
O óleo de dendê é avermelhado devido a grande quantidade de vitamina A, 14 vezes maior que na cenoura. No entanto, o aquecimento do óleo para frituras acaba destruindo a vitamina A e deixando o óleo branco.

Cores: preto e branco.

Sincretismo: Algumas casas homenageiam São Benedito, mais Algumas também louvam São Lazaro e São Roque.

Guias: alternam contas pretas e brancas.

Aroma principal: heliotrópio (Pretos-Velhos), junquilho (Pretas-Velhas).

Heliotropo ou heliotrópio é uma variedade de calcedônia de cor verde-claro a verde-escuro, com pontuações vermelhas (devidas a jaspe ou a óxidos de ferro). O nome tem raiz grega, significando trópico solar.
Ocorre no Brasil, na Índia, na Austrália, China e Estados Unidos.

A frésia ou junquilho é uma planta pertencente à família das Iridáceas, é amarilidácea, bulbosa e aromática. Pertencente à família das Iridáceas, a frésia também é conhecida em algumas regiões do Brasil por junquilho.
Trata-se de uma bela e perfumada flor originária do sul da África. Por suas cores vivas e o marcante perfume, a frésia é muito utilizada na criação de arranjos florais decorativos. Nos jardins, seu plantio é recomendado em bordadura de canteiros, mas o resultado só será compensador, se houver boa incidência de luz no local.
As espécies apresentam muitas cores, geralmente fortes, que vão desde um azul puro, passam pelo púrpura e chegam ao branco. Reproduz-se por meio de bulbos perenes.
Floresce nas regiões de clima frio a temperado, normalmente no final do inverno e prossegue na primavera.

Vibração: segurança.

Metais: antimônio, níquel.

Antimônio era conhecido pelos chineses e babilônios desde 3.000 a.C. O sulfeto de antimônio foi empregado como cosmético e com fins medicinais.
A relação entre o nome atual do antimônio e o símbolo é complexa; o nome copto do pó cosmético de sulfeto de antimônio foi tomado do grego, e este passou ao latim, resultando o nome stibium. O químico Jöns Jacob Berzelius usou uma abreviatura deste nome em seus escritos e assim se converteu no símbolo Sb.
Uma teoria para seu nome "stibium" é a de que muitos recipientes que guardavam vinho antigamente continham elementos metálicos com antimônio em sua composição. Este era oxidado e formavam compostos que davam o sabor amargo ao vinho; daí o significado de seu nome: vida azeda. O antimônio foi amplamente empregado na alquimia. Há escritos sobre este elemento de Georg Bauer (Georgios Agrícola), e Basilio Valentín é o autor de O carro triunfal do antimônio, um tratado sobre o elemento.

Níquel: O uso do níquel remonta aproximadamente ao século IV A.C geralmente junto com o cobre já que aparece com freqüência nos minerais deste metal. Bronzes originários da atual Síria tem conteúdos de níquel superiores a 2%. Manuscritos chineses sugerem que o «cobre branco» era utilizado no Oriente desde 1400-1700 A.C, entretanto a facilidade de confundir as minas de níquel com as de prata induzem a pensar que, na realidade, o uso do níquel foi posterior, a partir do século IV a.C.
Os minerais que contém níquel, como a niquelina se tem empregado para colorir o vidro. Em 1751 Axel Frederik Cronstedt tentando extrair o cobre da niquelina, obteve um metal branco que chamou de níquel, já que os mineiros de Hartz atribuem ao viejo Nick (o diabo) o motivo pelo qual alguns minerais de cobre não poderiam ser trabalhados.
O metal responsável por isso foi descoberto por Cronstedt na niquelina, o kupfernickel, diabo do cobre, como se chamava e ainda é chamado o mineral.
A primeira moeda de níquel pura foi cunhada em 1881.

Pedras: crisópraso, opala, jade.

Crisoprase ou Crisopaso: a variedade mais valiosa do quartzo cripto/microcristalino (calcedônia), quase inteiramente composta quimicamente de dióxido de silício (Si02).
É uma pedra preciosa ornamental importante que serve como pedra de nascimento alternativa para aqueles que nascem no mês de maio. Os gregos, romanos e egípcios usavam este material para sinetes e também como jóia durante os tempos antigos. Na era Vitoriana ficou de novo popular sendo usada em peças de jóias. Sua cor verde, que é devida aos traços de níquel, vai desde sombras pálidas de verde, ao verde maçã, até um verde profundo e rico. Pesquisas recentes de Vasconcelos e Singh (1996) revelaram que o níquel causador da cor ocorre no crisoprase como prateleiras do mineral Ni.

Opala: O mineralóide Opala é sílica amorfa hidratada, o percentual de água pode chegar a 20%. Por ser amorfo, ele não tem forma de cristal, ocorrendo em veios irregulares, massas, e nódulos. Tem a fratura conchoidal, brilho vítreo, dureza na escala de Mohs de 5,5-6,6, gravidade específica 2,1-2,3, e uma cor altamente variável.
A opala varia do branco direto incolor, azul leitoso, cinza, vermelho, amarelo, verde, marrom e preto. Freqüentemente muitas destas cores podem ser vistas simultaneamente, em decorrência de interferência e difração da luz que passa com o minuto, aberturas regularmente arranjadas dentro do microestructura do opala, conhecido como difração de Bragg (Retículo de Bragg).

Jade (do francês jade; em espanhol piedra de la ijada, "pedra do flanco") é uma pedra ornamental muito dura e compacta, variando, na cor, de esbranquiçada a verde-escura. , Designa a associação de dois minerais, a forma em nefrite da actinolite e um mineral chamado jadeite. É geralmente empregada em objetos de adorno, em estatuetas, etc.

Ferramenta: cajado.

Um cajado é uma vara de pastor, caracteristicamente tendo a extremidade superior recurvada em forma de gancho ou semicírculo para permitir puxar as pernas dos animais. Em algumas ocasiões, o cajado podia ser utilizado como arma.

Instrumento de Ritual: Cachimbo de Pretos da Umbanda.


O cachimbo é um instrumento para fumar composto de fornilho e piteira.
Na Umbanda e usado para diversos fins, como, defumação, curas, descarrego no ambiente e nos médiuns presentes e principalmente de agrado aos queridos Pretos-Velhos. Usa-se para fumar principalmente tabaco, que sofre um processo especial para a preparação do fumo para o uso em cachimbo.
Existem vários formatos de cachimbo, há também uma infinidade de misturas, para serem fumadas.
O cachimbo geralmente é feito de madeira, mas outras matérias primas podem ser usadas para sua confecção,tais como o meerschaum, que é carbonato de cálcio.
Pode ser usado como peça religiosa, como  é usado na Umbanda, símbolo de status, alternativa ao cigarro ou, simplesmente, um hábito per si.
O cachimbo está voltado para o consumo de ervas, mais comumente o fumo.
Tal aparelho é formado por um recipiente e um tubo anexo.
No recipiente, o fornilho, o usuário deposita o fumo, seguindo técnicas de enchimento e pelo duto de ar aspira a fumaça para a boca.
Dependendo da substância queimada, ela pode reagir de diferentes formas com o organismo do fumante.
No caso do tabaco para cachimbo, sua composição ácida faz com que a nicotina seja absorvida pela mucosa bucal, sem a necessidade de ser absorvida pelos pulmões, o que comumente chama-se tragar.

História do Cachimbo: O uso do cachimbo teve início nas Américas, no período pré-colombiano.

Alguns dizem que sua origem é da China.
Fazia parte de rituais sagrados dos povos ameríndios significando, para algumas culturas, a união do mundo terrestre (representado pelas folhas) com o celeste (representado pela fumaça).
Uma das lendas mais antigas que contam essa relação é a lenda do Bufalo Branco que fala sobre a aparição de um búfalo mitológico, trazendo um cachimbo e dando uma série de instruções sobre como usá-lo para conseguir a comunicação com as divindades e prevenir períodos de seca e fome.
No Brasil também há vestígios do hábito de fumar desde os tempos pré-históricos, tanto em cultos religiosos quanto por hábito.
O consumo de tabaco dos povos sul-americanos, principalmente no Brasil, podia ser feito mascando, lambendo ou aspirando-o, porém, o mais comum era o uso de cachimbos de cerâmica, raízes de árvores ou mesmo conchas.

Tabagismo: Uso abusivo do tabaco; intoxicação provocada por esse uso.
Os efeitos fisiológicos do tabaco devem-se em grande parte à nicotina. A intoxicação crônica pelo tabaco é provocada pelo efeito combinado do monóxido de carbono, de produtos irritantes (acroleína), de aminas com efeito farmacológico (nicotina), de alcatrões que contêm produtos cancerígenos. O tabagismo é a principal causa dos cânceres de pulmão e contribui para a aparição de cânceres da hipofaringe. Existe ainda uma relação entre o tabaco e os cânceres da bexiga, já que as substâncias cancerígenas contidas no fumo são eliminadas pela urina. A freqüência das doenças arteriais (coronarites, arterites dos membros inferiores) é duas vezes maior nos fumantes do que nos não fumantes.


A Erva Protetora dos Pretos Velhos:
Arruda (Ruta graveolens)

Conhecida na Umbanda como erva protetora.
Sabe-se que em culturas muito antigas, são encontradas referências sobre seus poderes contra as "más vibrações" e seu uso na magia e religião. Os Pretos Velhos de Umbanda a usam para tirar energias negativas de seus filhos, o famoso “Mau Olhado” ou “Quebranto”. Na Grécia antiga, ela era usada para tratar diversas enfermidades, mas seu ponto forte era mesmo contra as forças do mal.
Já as experientes mulheres romanas costumavam andar pelas ruas sempre carregando um ramo de arruda na mão - diziam que era para se defenderem contra doenças contagiosas, mas, principalmente, para afastar todos os males que iam além do corpo físico (e aí se incluíam as feitiçarias, mau-olhado, sortilégios, etc.).
O que não é diferente para os Umbandistas, que a usam na orelha ou em seus patuás. Na Idade Média - época em que se acreditava que as bruxas só poderiam ser destruídas com grandes poderes como o do fogo - a arruda reafirmou sua fama, pois seus ramos eram usados como proteção contra as feiticeiras e, ainda, serviam para aspergir água benta nos fiéis em missas solenes.
O uso desta planta nas práticas mágicas do passado é impressionante. William Shakespeare, na obra Hamlet, se refere à arruda como sendo "a erva sagrada dos domingos".
Dizem que ela passou a ser chamada assim, porque nos rituais de exorcismo, realizados aos domingos, costumava-se fazer um preparado à base de vinho e arruda que era ingerido pelos "possessos" antes de serem exorcizados pelos padres.
A fama atravessou séculos e fronteiras: no tempo do Brasil Colonial a arruda podia ser vista com freqüência, principalmente nos rituais de Curas afros e na Pajelança ou com as famosas rezaderas.
No Brasil e na Umbanda denominamos a Arruda do tipo macho e fêmea.
A Arruda macho são das folhas maiores e as fêmeas são das folhas menores.


Arvore sagrada: Café.

Colheita de café. Rugendas, BMSP

Foi o café o grande responsável pelo aumento do número de escravos e pela modificação das estatísticas. São Paulo passará com o Rio e Minas a deter, em 1887, 50% da população escrava do país. Os lavradores que avançavam pelo interior do vale fluminense e se fixavam nas terras paulistas e mineiras não encontravam outra solução para o problema da mão-de-obra.

Fios de Contas (Guias): Muitos dos Pretos-Velhos Gostam de Guias com Contas de Rosário de Nossa Senhora, alguns misturam favas e colocam Cruzes ou Figas feitas de Guiné ou Arruda.

Roupas: Preta e branca; carijó (xadrez preto e branco).
As Pretas-Velhas às vezes usam lenços na cabeça e/ou batas; e os Pretos-Velhos às vezes usam chapéu de palha.

O Amací: A lavagem de cabeça, ou limpeza do camutuê dos filhos de santo, em qualquer culto umbandista, tem por finalidade identificar o médium na vibratória do orixá de modo a lhe assegurar uma incorporação perfeita.
Após o amací o médium adquire uma consciência mais firme e sintoniza melhor na corrente segundo a afinidade com o orixá. Portanto o ato do amací e de fundamental importância para uma futura feitura sacerdotal.
Para o amací de Pretos, posso sugerir a seguinte receita:
Água de cachoeira
Folhas de Café
Folhas de Algodão Roxo
Folhas de Tapete de Oxalá
Folhas de Manjericão
Folhas de Eucalipto.

O dia ideal seria no Sábado ou Segunda, na Lua Crescente, entre 21:00 e 00:00.
Acende-se uma vela de força branca juntamente com um pentagrama firmado com pemba e coloca-se o banho em cima para que receba os fluidos do orixá.

Pemba: Branca - A Pemba é objeto permanente aos ritos Africanos, mais antigos que se conhecem, fabricada com o pó extraído dos Montes Brancos Kimbanda e água que corre no Rio Divino U-Sil, é empregada em todos os Ritos e Cerimônias, festas, reuniões ou solenidades africanas.
Nas tribos de Umbanda, Bacongo e Congos, é usada a pemba sob todos os pretextos quando é declarada guerra, os chefes esfregam o corpo todo com a pemba para vencer os inimigos, por ocasião dos casamentos os noivos são pelos padrinhos esfregados com a pemba para que sejam felizes.
O negociante esfrega um pouco de pemba nas mãos, em questões de amor então, bem grande é a influência da pemba, usando-a as jovens como se fosse o pó de arroz porque dizem, traz felicidade no amor e atrai aquele a quem se deseja.

Vestimenta: Roupas Brancas - Dentre os caracteres basilares de nossa Sagrada Umbanda, um dos elementos de grande significância e fundamento dentro da teurgia, liturgia e da magística, é o uso da vestimenta branca.
No ano de1908, data da anunciação da Umbanda no plano físico e também ocasião em que foi fundado o primeiro templo de Umbanda, Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade anunciadora da novel religião, ao fixar as bases e diretrizes do segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os sacerdotes (médiuns) utilizariam roupas brancas.
No decorrer de toda a história da Humanidade, a cor branca aparece como um dos maiores símbolos de unidade e fraternidade já utilizados. Nas antigas ordens religiosas do continente asiático, encontramos a citada cor como representação de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade superior. As ordens iniciáticas utilizavam insígnias de cor branca; os bramânes tinham como símbolo o Branco, que se exteriorizava em seus vestuário e estandartes. Os antigos druidas tinham na cor branca um de seus principais elos de ligação do material para o espiritual, do tangível para o intangível.
Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados porque utilizavam a magia para fins positivos, e também porque suas vestes sacerdotais eram constituídas de túnicas e capuzes brancos. O próprio Cristo Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de tecido branco nas peregrinações e pregações que fazia. Nas guerras, quando os adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, se despojavam de comportamentos irracionais e manifestavam sincera intenção de encerrarem a contenda, o que faziam?
Desfraldavam bandeiras.
E de que cor? A branca é claro!
O que falar então do vestuário dos profissionais das diversas áreas de saúde. Médicos, enfermeiros, dentistas etc, todos utilizando roupas brancas para suas atividades.
Por quê?
Porque a roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz espiritual, serenidade e outros valores de elevada estirpe.

Principais Sintomas da Mediunidade:
                                        
a) Sintoma clássico: suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos. 
As mãos ficam molhadas, quase geladas. 
Os pés também podem ficar gelados; as maçãs do rosto muito vermelhas e quentes; as orelhas ardem.
b) Depressão psíquica: a pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente.  Fica melancólica e sente uma profunda solidão.  É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela. 
É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta.

c) Alterações no sono: sono profundo ou insônia.  A insônia é provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração.  Os pensamentos voam de um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir. 
O sono profundo é devido à perda de ectoplasma, de força vital.  Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas.

d) Perda de equilíbrio e sensação de desmaio: a perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida.  A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto.  É extremamente desagradável. 
A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente.  Ela fica muito pálida e tem que sentar para não cair.  Às vezes ocorre sensação de vômito ou de diarréia. Um copo de água com bastante açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para contornar essa situação.

e) Taquicardia: comum em algumas pessoas.  Há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.
f) Medos e fobias: a pessoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal. Às vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada.  É muito comum, também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer, todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependerá muito do grau de mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do médium.



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